REVIEW | FALCÃO E O SOLDADO INVERNAL: EPISÓDIO 1


Na última sexta-feira (dia 19) aconteceu a estreia Falcão e o Soldado Invernal pela Disney+; prometendo uma atmosfera diferente de WandaVision, a série começou de um jeito leve e ao mesmo tempo cheio de significado em um mundo sem o Capitão América.
Quem assistiu Ultimato sabe que Steve preferiu ficar no passado com sua amada Peggy Carter e entregou o escudo para Sam deixando muito claro o que aquilo significava: Para Steve, ele deveria ser seu sucessor. Entretanto, o primeiro episódio nos mostra que há muita relutância em Sam, ele não só acha que não merece o cargo, mas também que Steve é insubstituível. Logo no início vemos ele entregando o escudo para o governo em um ato solene, e em seguida uma conversa muito séria a respeito do assunto com Rhodes. 
Apesar da relutância Sam claramente merece o título, e para aqueles que ainda torceram o nariz para a decisão em Ultimato a série entrega de modo prático e direto todos os porquês para que ele seja de fato o sucessor. A primeira cena da série já mostra Sam em uma operação militar com muita ação, com sequências de combate excelentes em pleno ar que mostram todo poder de luta direta, estratégia e perícia com as asas que Sam Wilson possui. Desnecessário dizer que tanto a coreografia da luta quantos o efeitos visuais estão muito bons mostrando mais uma vez a maestria da Disney. A cena seguinte reforça ainda mais o porquê dele ser uma boa escolha através de um diálogo que expõe sua gentileza com os civis e seus ideais. Além disso, a mesma cena começa a introduzir o grupo antagonista da série: Os Apátridas; grupo que acredita que a terra estava melhor durante o blip.
Em seguida podemos ver o destino de Bucky, que ainda é atormentado por fragmentos de memória de quando ainda era o Soldado Invernal e no presente está se tratando para se desprender de seus traumas e provar oficialmente que ele não é um perigo para os civis. Além da terapia, ele tem trabalhado discretamente em expor pessoas que ele ajudou a favorecer através da Hidra como uma forma de reparação de danos, como ele mesmo gosta de chamar. Finalmente começamos a ver um Bucky com personalidade e busca por um propósito depois de um passado de lavagem cerebral (e pouco tempo de tela nos filmes anteriores) Uma coisa que me agradou muito foi a dualidade que ele carrega por ser alguém de aparência jovem, mas que na verdade tem um século de idade e poucos laços no mundo moderno. Inclusive muito desta dualidade é vista quando ele tenta ir a um encontro, mas acaba sendo perseguido pelos seus fantasmas em uma cena bastante triste.
No segundo ato do Sam, a série apresenta uma visão mais pessoal, e até o momento pouco conhecida, de sua história. Mostra como ele busca se readaptar e se reconectar com a família após os cinco anos ausente por conta do estalo, os conflitos que surgiram em consequência disso e como tudo isso o relacionamento com sua irmã. 
O último ato mostra mais na prática um pouco dos Apátridas mostrando que podem ter alguns membros com ~habilidades especiais~ (seria uma tentativa de replicar o soro do supersoldado?) É aí que então começa a conexão de Sam com os Apátridas, já que por intermédio de um colega de operação, ele pretende investigar o grupo, e como já sabemos que o Barão Zemo tem envolvimento com os Apátridas, este pode ser o elo que liga Bucky à essa trama, já que ele busca se redimir e o Barão o atormentou em Capitão América: Guerra Civil. O episódio se encerra com impacto durante uma apresentação do novo Capitão América pelo governo, o que indica um senso de urgência a respeito da necessidade de um novo símbolo heróico para a nação.

Com um primeiro episódio bastante introdutório, mas dinâmico e envolvente, já podemos perceber a proposta da série. Enquanto Wandavision nos mostrou perda e luto pessoal e como mascará-lo e superá-lo, Falcão e o Soldado Invernal aborda a perda por outro ângulo: apresenta a perda de um símbolo e como isso pode afetar uma nação, ao mesmo tempo que nos guia para a superação e reconstrução dos dois protagonistas. A de Sam em como ele pode lidar com a responsabilidade e receio em ser o novo Capitão América e se reajustar à sua família. E como Bucky poderá se redimir de seu passado conturbado à medida que aprende a lidar com as mudanças do mundo moderno, vista pelos próprios olhos desta vez.

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