CRÍTICA - Adão Negro, O homem de preto...

 O filme “Adão Negro” foi praticamente uma lavagem de alma para todos os fãs da DC que sofriam com os recentes filmes lançados (Birds of Prey e MM 1984), nos quais  não haviam desenvolvimento de história, de personagens e não existia nenhuma conexão do público com o protagonista. O longa é um filme sem muita invenção, mas que entrega tudo que um fã de quadrinhos gostaria de ver nas telonas. 

Posso compara-lo com “Homem de Aço”, não com tanto sentimentalismo e com muito mais ação, mas entregando uma narrativa palpável para aceitar o Adão Negro como um anti herói e não como um vilão.

O primeiro ato o filme traz um background bem coerente sobre o Teth-Adam, passando sobre sua vida de 5 mil anos atrás em Kahndaq, chegando até os dias de hoje, isso faz com que a gente não sinta nenhum “Gap”, ou que perdemos alguma parte do filme, e logo somos apresentados à Sociedade da justiça, composta por Gavião Negro (Aldis Hodge), Doutor Destino (Pierce Brosnan), Ciclone (Quintessa Swindell) e Esmaga átomo (Noah Centineo). No filme, a Sociedade da Justiça é uma espécie de Esquadrão Suicida do bem, chefiados pela Amanda Waller (Viola Davis) e são chamados para conter a ameaça “Adão Negro” que é despertado por Adrianna (Sarah Shahi) devido às circunstâncias que ela se encontrava.

No segundo ato do filme, entre lutas e diálogos com humor na medida certa, os personagens começam a se conhecer e entender que a real ameaça não é o Teth-Adam, mesmo que ele tenha um poder devastador e ser uma ameaça para o mundo, existe algo muito mais perigoso que o Adão Negro. O filme foca bem no protagonista e não se aprofunda nos outros personagens, deixa assim bastante tempo de tela para que o público entenda o personagem principal e se apegue à ele. 

A atuação de Dwayne Jhonson não precisou ser muito espetacular,  ele é um brucutu e teve que interpretar um brucutu, de qualquer forma o ator desenvolveu bem o seu papel e entregou um grande personagem que pra mim define a retomada do DCU iniciado em Man Of Steel lá em 2013.

Vale muito assistir o filme, e se puder, assista mais de uma vez. A primeira, para você ver tudo que sempre quis ver do cara que é um dos poucos que pode bater de frente com o Superman, e mais vezes pra ver todos os detalhes e referências que o filme possui ao universo DCU, tendo em vista que o filme é praticamente “tiro, porrada e bomba” do início ao fim!

Nota 9.0/10.0