Mulheres importantes para o audiovisual

 



Olá leitores do Bunker, bem-vindos ao especial do Bunker Nove ‘’Dia das Mulheres’’, eu sou a Zatara e junto com a Clara preparamos vários conteúdos muito significativos para vocês conhecerem e aclamarem grandes mulheres artistas extremamente importantes em nosso mundo Mulheres importantes no audiovisual:

Alice Guy Blaché
A francesa atuou como diretora entre 1894 e 1922. Ela não só é a primeira diretora do cinema francês, bem como provavelmente a primeira mulher a dirigir um filme na história! E também uma das primeiras pessoas a ser reconhecida como diretora no mundo para além do gênero. Dirigiu cerca de 700 filmes em sua carreira, contudo Alice também produzia, escrevia e atuava em seu trabalho. Muitos de seus filmes desapareceram no tempo, mas diversos ainda podem ser vistos. Em 1922 ela se divorciou, seu estúdio foi à falência e nunca mais filmou novamente. Muitas das técnicas desenvolvidas por ela, no entanto, até hoje são padrões essenciais para se fazer um filme. São elas: narrativa, edição, close-up, som sincronizado, efeitos especiais primitivos e colorização manual. Alice é responsável pelo primeiro filme narrativo de ficção da história do cinema. A primeira de muitas e inspiração para todas.

Cléo de Verberana – Primeira mulher brasileira a dirigir um filme
Primeiramente, Cléo de Verberana, iniciou sua carreira como atriz, aos 22 anos, em 1931. Em seguida se tornou a primeira mulher brasileira a dirigir um filme que se tem notícia, com ‘’O Mistério do Dominó Preto’’. Para realizá-lo, ela e o marido, que recebera uma herança, venderam joias bem como propriedades. Importaram equipamentos da França, e enfim montaram a produtora ‘’Épica Film’’. Cléo também produziu e atuou no filme. Depois da morte de seu marido, em 1934, ela fechou sua produtora e desligou-se do cinema. Cleo de Verberena faleceu em 1972. Mas, sua investida como cineasta em 1930 fez escola, marcando a abertura de um ciclo ininterrupto da efervescente contribuição das mulheres na construção de nossa identidade fílmica brasileira.

Hattie McDaniel
Em 1940, a atriz Hattie McDaniel se tornou a primeira mulher negra a receber um Oscar, mas foi impedida de sentar na mesma mesa que seus colegas de elenco durante a cerimônia. Hattie participou de um dos filmes mais famosos da história do cinema, E o Vento Levou (1939), mas foi proibida de comparecer à sua première. Marcada pelo brilhantismo de uma das maiores atrizes da história, mas também pela luta incessante contra o preconceito racial, sua carreira é sinônimo de pioneirismo, ainda que, de lá para cá, poucas coisas tenham mudado para as mulheres negras em Hollywood.

Adélia Sampaio

Adélia Sampaio é a primeira mulher negra a lançar um filme de ficção no Brasil, o longa-metragem Amor Maldito, de 1984. Além de dirigir, ela também produziu e escreveu a película, inspirada no caso real dos embates de uma mulher lésbica com a Justiça. Hoje é celebrada em diversos festivais do país. As outras únicas mulheres negras que lançaram longas no país são Viviane Ferreira com Um dia de Jerusa (2014), e Glenda Nicácio com Café com canela (2017), em parceria com Ary Rosa.

Anna Muylaert
A prestigiada diretora e roteirista Anna Muylaert é uma das referências do cinema brasileiro atual. Premiada internacionalmente, a cineasta ganhou projeção no Brasil e no mundo com o filme Que Horas Ela Volta? (de 2015), representante do país na seleção de melhor filme estrangeiro do Oscar daquele ano.

Mandy Walker
A australiana Mandy Walker tornou-se a primeira mulher a vencer o principal prêmio da Sociedade Americana de Diretores de Fotografia, conhecida como ASC na sigla em inglês. Ela recebeu o troféu de melhor direção de fotografia em longa-metragem pelo trabalho em "Elvis", de Baz Luhrmann.

Laverne Crox - Primeira mulher trans a ser indicada ao prêmio Emmy
Laverne Alison Cox, mais conhecida como Laverne Cox, é uma atriz norte-americana e produtora de televisão. Laverne é mais conhecida pela personagem Sophia Burset, na série Orange Is the New Black, que lhe rendeu uma indicação ao Emmy Awards na categoria Melhor atriz convidada numa série de comédia.

Kase Peña

Nascida em Nova Iorque, a roteirista Kase Penã é uma mulher trans de ascendência dominicana. É formada pelo programa de cinema da ‘’The City College Of New York’’. A escritora é a única mulher trans latina a integrar a Associação de Escritores da América (WGAW).

Viviane Ferreira
A baiana é cineasta e diretora da Spcine. Se tornou a segunda mulher negra a dirigir um filme no Brasil, com o longa “Um Dia Com Jerusa”, de 2020. Entre outras produções diversas, Viviane se estabeleceu como uma importante referência dentro do audiovisual negro brasileiro.

Myke Lee, a produtora-executiva de “Parasita”
O filme de Bong Joon-Ho é mesmo ótimo. Mas não se engane: sem a visão estratégica de Myke Lee ou o dinheiro que a milionária coreana colocou na divulgação do longa-metragem mundo afora, o resultado final seria bem outro. Não à toa, Myke, de 61 anos, subiu no palco do oscar 2020 e fez um discurso enaltecendo o valor do cineasta e reconhecendo a importância da arte para a cultura de seu país. A sul-coreana é vice-presidente da CJ Entertainment, empresa que fez “Parasita”

Kathryn Bigelow, a primeira mulher a ganhar o Oscar de melhor direção
A cineasta norte-americana deve ser presença obrigatória nesta lista. Ainda que depois de “Guerra ao Terror” (2009), longa-metragem pelo qual conquistou os Oscars de Melhor Direção, Roteiro e Filme, Kathryn se tornou referência no mundo do cinema. Ainda que não tenha conseguido repetir o reconhecimento com sua produção seguinte, o excelente “A Hora Mais Escura” (2012), a diretora quebrou um monte de tabus. Inclusive o de que mulheres não têm afinidade com a temática de conflito. Vale lembrar que, no ano em que levou a estatueta, Kat bateu o próprio ex-marido na competição: James Cameron tinha colocado nas telas o blockbuster “Avatar” naquele ano e havia grande expectativa para que essa megaprodução levasse o reconhecimento.

Ashley Judd, uma das vozes contra Weinstein
Uma das atrizes mais conhecidas de Hollywood que topou revelar publicamente – na reportagem publicada pelo “The New York Times” – as situações de assédio pelas quais passou envolvendo o ex-produtor Harvey Weinstein. Na época, Weinstein ainda era um dos poderosos da indústria e apesar de muita gente saber do que fazia, o silêncio de vítimas e advogados era comprado a peso de ouro com acordos financeiros em troca de sigilo. Nas semanas que se seguiram após Ashley Judd revelar o que sofreu, mais denúncias vieram à tona e o caso ganhou repercussão global. Aos 51 anos, ela se tornou referência para um dos movimentos que mudou a maneira como as relações de trabalho devem acontecer em uma das indústrias mais ricas do mundo todo.

Jane Campion
Única cineasta feminina a receber a Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes com o filme O Piano (que também lhe rendeu o Oscar de Melhor Roteiro Original), a neozelandesa Jane Campion tem quase 40 anos de carreira e completa ainda o seleto time de mulheres indicadas ao Oscar de Melhor Direção. Chloé Zhao
Segunda mulher na história - e a primeira não branca - a vencer a principal categoria do Oscar com o filme Nomadland (2021), Chloé Zhao é uma diretora, roteirista, produtora e editora chinesa reconhecida internacionalmente, apesar da curta carreira. Além do Oscar, Zhao venceu esse ano o Globo de Ouro, o BAFTA, o Critic 's Choice Award e diversos outros prêmios de Melhor Direção.

Fernanda Montenegro e Sônia Braga
É impossível não citar as duas mais premiadas atrizes do país e que ajudaram - e ainda ajudam - a colocar o Brasil no mapa do audiovisual internacional. Fernanda Montenegro, primeira e única brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz e Sônia Braga, indicada, entre outras premiações, ao Globo de Ouro, ao Emmy e ao BAFTA, são consideradas as damas do nosso cinema e merecidamente reverenciadas por todos os amantes da nossa cinematografia, no qual eu sou muito fã. Patty Jenkins
Patricia Lea "Patty" Jenkins é uma diretora de cinema americana e roteirista. Ela dirigiu e escreveu (junto com Allan Heinberg) O filme da Mulher-Maravilha (2017) da DC Comics, que foi o primeiro grande marco do protagonismo feminino dos super seres, atingindo grandes índices de bilheteria foi o filme de herói mais lucrativo de 2017, de acordo com dados do Deadline. Entrando para a história como o primeiro filme de Super Heroína e incentivando mais protagonismo feminino sem estereótipos do gênero de heróis no mercado.

E uma menção honrosa para Hiromi Arakawa, a criadora do anime Full Metal Alchemist
 Nascida em 8 de maio de 1973 em Hokkaido, Japão, Arakawa cresceu em uma fazenda junto com cinco irmãs. Arakawa pensava em ser uma mangaká "desde que era pequena", e durante seus anos de escola costumava desenhar em livros didáticos. Após concluir o ensino médio, ela teve aulas de pintura a óleo, uma vez por mês, durante sete anos, enquanto trabalhava na fazenda de sua família. Durante este período, ela também criou um mangá dojinshi junto de seus amigos e desenhou um yonkoma para uma revista Sua obra mais famosa é Full Metal Alchemist. A obra é frequentemente aclamada, sendo considerado um dos melhores animes de todos os tempos, ocupando a primeira posição no IMDb.

 Espero que tenham gostado e apreciado saber sobre essas mulheres incríveis e com tamanha importância, infelizmente faltou nomear muitas outras mulheres fantásticas que contribuíram e contribuem para o audiovisual, mas fico feliz que tenha lido e apreciado saber sobre elas.

Sigam o BunkerNove em todas as nossas redes sociais.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

VENOM 2: Tempo de Carnificina - Sony libera o primeiro trailer do longa

Explorando o Universo Alternativo da HQ "What If...? Homem de Ferro - Demônio na Armadura"

MCU - Kevin Feige confirma: DEADPOOL 3 FARÁ PARTE DO MCU E SERÁ +18