CRITICA: Homem-Aranha: Atraves do Aranha verso, o melhor filme de heróis do ano

Cheio de referências e maravilhosos fan services, Homem-Aranha através do Aranha-Verso estreia com "simplesmente" 95% de aprovação no Rotten Tomatoes. A continuação do Cabeça de Teia favorito do Universo 1610 (também o único) é espetacular. Pegando tudo de bom de sua antecessora e conseguindo melhorar. A trilha sonora e a animação, que na minha opinião foram os grandes marcos no primeiro filme, nessa continuação são elevadas exponencialmente. Agora, duas histórias são contadas: a geral, contada por tudo que sai da tela, e a assistida, expressa por meio dos traços, cores e montagens em cada quadro (quadros estes que são verdadeiras obras de arte, mas como a própria Gwen diz, o que é arte, né?). Percebi que as cores agora, mais do que antes, expressam os sentimentos dos personagens de maneira que engrandece o que está sendo dito, trazendo peso, sentimento, angústia ou simplesmente mostrando o que deveria ser dito.

Tendo um estilo único para cada universo, não se torna difícil perceber os erros que o protagonista comete ao se deslocar entre cada universo, sem perceber que não deveria estar ali. Mas esse é definitivamente o melhor disso tudo: perceber o trabalho que foi feito em mostrar cada universo de um jeito especial, representando a personalidade e o jeito de cada Homem-Aranha. Desde o Espetacular, que tem aquele visual de desenho, até alguns em live action (sim, talvez tenha aparecido alguém que precisávamos para confirmar algumas coisas), Lego ou até mesmo papiro.

A história do filme parece ser quase um "Todo Mundo Odeia o Miles". Quando se descobre que alterações em eventos podem acabar destruindo universos inteiros, todos os Homens-Aranhas se juntam para impedi-lo. Usando apenas a razão, Miguel O'Hara, traumatizado por eventos anteriores, tenta impedir a todo custo que as coisas saiam do controle e acabem sendo destruídas. Mas ao fazer isso, talvez por usar apenas a racionalidade, percebe que separa mais do que une os Aranhas. Miles, que utiliza muito bem seus poderes, percebe que não tem opção a não ser fugir e agir sozinho.

A continuação do filme está prevista para o dia 10 de março de 2024 e promete terminar a história que parou na metade, assim como "Vingadores 4". Será que vem mais um Oscar da Sony? Ou até mesmo dois consecutivos? Só esperando o próximo para saber, mas até o momento, as animações de 2023 têm um inimigo fortíssimo na disputa da estatueta de ouro.

Texto por Matheus Porto

@matheusaportoo