A Noite das Bruxas. REVIEW SEM SPOILERS

 



Após o sucesso de ‘‘Assassinato no Expresso do Oriente’’, de 2017 e ‘‘Morte no Nilo’’, de 2022, Kenneth Branagh volta com uma nova aventura do Detetive Hercule Poirot em mais uma adptação de um clássico do gênero baseado no livro de mesmo nome escrito por Agatha Christie.


Nessa nova aventura, Poirot (Branagh) está aposentado e vive sozinho na Itália, recusando-se a atender novos chamados de crimes complexos e assassinatos mórbidos. Isso muda quando ele é visitado por uma antiga amiga, a escritora Ariadne Oliver (Tina Fey), que o incita a participar de uma festa de Dia das Bruxas após dizer que viu “coisas de outro mundo” que a fizeram quase abandonar seu lado cético. Na festa, as coisas começam a dar errado quando uma médium (Michelle Yeoh) tenta fazer contato com o além e coisas estranhas e assassinatos misteriosos começam a acontecer. 





Bom, a parte do mistério permanece apenas no roteiro, que pouco foge do clássico livro de Agatha. A direção de Kenneth Branagh não foge do comum para o gênero, e os artifícios usados para tentar assustar o espectador eram apenas exageros desnecessários a obra e muitas das vezes se encontravam fora do tempo da cena. Faltou ousadia na direção de Branagh, e isso faz-me imaginar se talvez ele seja realmente um bom diretor,ou se apenas sabe fazer bem filmes do mesmo gênero.


Dentre os filmes do “universo Christie” que Branagh tem criado, ‘‘A Noite das Bruxas’’ realmente se destaca como o mais ambicioso. Os dois primeiros nada traziam de novidade ou desafio ao gênero, mas ao inserir uma possível quebra da frieza e da lógica calculista de Poirot, o filme põe em cheque tudo o que o espectador pode esperar como certo, causando sempre uma dúvida e um eterno pensamento constante, ‘‘e se?’’, até o final da obra.


Apesar das críticas casuais, ‘‘A Noite das Bruxas’’ é um bom filme, e o coloco como o melhor deste universo Agatha/Branagh, pois este é um filme que, apesar de não fugir muito da ‘‘clássicalidade’’ do gênero, conseguiu acrescentar coisas em sua história que o transformam num bom filme de um gênero que já se encontra um tanto quanto saturado.


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